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Entrevista a João Rocha, presidente da Câmara Municipal de Beja

<p style="text-align: left;">«Temos boas oportunidades de andar para a frente em várias áreas»

MUDANÇA Perto do final do seu pri­meiro man­dato como pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal de Beja, João Rocha va­lo­riza o muito que foi feito em termos de re­cu­pe­ração fi­nan­ceira, pla­ne­a­mento, in­ves­ti­mento e li­gação à po­pu­lação e suas as­so­ci­a­ções, re­al­çando que há muito ainda por fazer e que o Es­tado tem que in­vestir na re­gião.

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A CDU re­cu­perou em 2013 a mai­oria na Câ­mara Mu­ni­cipal de Beja após quatro anos de gestão PS. Qual era si­tu­ação quando o novo exe­cu­tivo ini­ciou fun­ções?
A pri­meira coisa que este exe­cu­tivo en­con­trou quando chegou à Câ­mara foi uma equipa que co­nhecia os pro­blemas da ci­dade e do con­celho e que tinha von­tade de os re­solver. Mas en­con­trámos uma si­tu­ação fi­nan­ceira ne­ga­tiva, que não dava cre­di­bi­li­dade à Câ­mara, pois esta en­fren­tava sé­rias di­fi­cul­dades de en­di­vi­da­mento junto de muitas em­presas. Havia for­ne­ce­dores a quem se pa­gava a quatro meses. Hoje, pa­gamos quase a pronto, a cerca de 15 dias. Nestes anos con­se­guimos re­duzir muito a dí­vida do mu­ni­cípio.

Para além da re­so­lução da si­tu­ação fi­nan­ceira, que ou­tras ques­tões mo­ti­varam a in­ter­venção ur­gente do exe­cu­tivo?
Beja é um centro im­por­tante no Alen­tejo e a Câ­mara Mu­ni­cipal tem que as­sumir um papel de li­de­rança no pro­cesso de de­sen­vol­vi­mento. Pre­o­cu­pámo-nos muito com o pla­ne­a­mento, não só da ci­dade mas do con­celho como um todo, e co­me­çámos pre­ci­sa­mente por aí. Em qual­quer con­celho tem que haver uma es­tra­tégia para que se saiba para onde se ca­minha e se ca­minhe para onde se quer. Temos, em va­ri­a­dís­simas áreas, boas pos­si­bi­li­dades de andar para a frente.

Que áreas são essas?
A agri­cul­tura, o pa­tri­mónio, o centro his­tó­rico... Nós temos um pro­jecto para o centro his­tó­rico, um ro­teiro, o museu re­gi­onal, o pa­tri­mónio todo cui­dado. Havia, também aqui, muito a fazer e neste mo­mento es­tamos a tra­ba­lhar na re­qua­li­fi­cação e am­pli­ação do nosso pa­tri­mónio. Ad­qui­rimos vá­rios edi­fí­cios e es­tamos a re­qua­li­ficar ou­tros. Ao mesmo tempo, pro­cu­rámos re­forçar a nossa li­gação aos pro­pri­e­tá­rios para que re­a­bi­litem as suas ha­bi­ta­ções através de apoios re­la­ci­o­nados com o IMI ou ou­tros. Com o in­cre­mento do tu­rismo podem surgir novos ne­gó­cios nas áreas do ar­te­sa­nato, das artes e ofí­cios tra­di­ci­o­nais, da res­tau­ração...

Mas re­la­ti­va­mente ao centro his­tó­rico não é só de tu­rismo que fa­lamos...
Evi­den­te­mente que falar do centro his­tó­rico não é só falar de tu­rismo, mas também de cul­tura. E para nós, in­vestir na cul­tura é isso mesmo, in­vestir. Não en­tendo os que cortam na cul­tura como se esta fosse um gasto... A pro­moção do centro his­tó­rico des­tina-se também à po­pu­lação. Dizia-se muito que as pes­soas de Beja não saíam e que es­tavam des­li­gadas do que se pas­sava na ci­dade e no con­celho, mas agora temos muitas vezes as praças e as ruas cheias em eventos como a pas­sagem de ano, o Beja na Rua – que de­corre entre 16 de Junho e 15 de Julho e de cujo pro­grama mu­sical fazem parte, entre ou­tros, Ney Ma­to­grosso e Emir Kus­tu­rica (n.d.r.) –, o Beja Ro­mana... Enfim, há um con­junto de ini­ci­a­tivas, ini­ci­adas neste man­dato, que trou­xeram as pes­soas uma vez mais às ruas da ci­dade. Mas tanto no de­sen­vol­vi­mento local como na cul­tura, a nossa ideia é não apenas fazer com que as pes­soas vão aos eventos mas que par­ti­cipem ver­da­dei­ra­mente neles.

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Como se faz isso? Através do mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo?
A li­gação com o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo é es­sen­cial. E não me re­firo apenas à questão dos apoios fi­nan­ceiros – e nós au­men­támos esses apoios! – mas so­bre­tudo a criar con­di­ções para que ele fun­cione e se de­sen­volva. O mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo é uma massa de gente que tra­balha vo­lun­ta­ri­a­mente e isso me­rece res­peito. Há um mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo com bas­tante peso aqui em Beja e que é im­por­tante no de­sen­vol­vi­mento da terra. Beja, neste as­pecto, é uma terra rica.

Outra pri­o­ri­dade que as­su­mimos desde o início foi a me­lhoria da re­lação da Câ­mara com as ins­ti­tui­ções do con­celho. A Câ­mara por si só não re­solve tudo, mas todos em con­junto re­sol­ve­remos. Esta é uma pers­pec­tiva que va­lo­ri­zamos muito.

Falar de mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo é também falar de des­porto. Nesta área, o que des­tacas?
Es­tamos a in­vestir cerca de um mi­lhão de euros no parque des­por­tivo. No Com­plexo Des­por­tivo Fer­nando Ma­mede es­tamos a cons­truir mais um campo rel­vado e vamos re­qua­li­ficar os ou­tros, e es­tamos também a fazer novos bal­neá­rios. Neste mo­mento está igual­mente em pro­jecto um novo Pa­vi­lhão Des­por­tivo Mu­ni­cipal. Apre­sen­támos di­versas can­di­da­turas ao Por­tugal 2020 [fundos co­mu­ni­tá­rios], mas não fi­cámos à es­pera e fomos avan­çando com as obras ne­ces­sá­rias...

Obras, aliás, que são vi­sí­veis um pouco por todo o con­celho...
Ad­qui­rimos uma cen­tral de massas (má­quina de pro­dução de as­falto) e es­tamos a as­faltar di­versas ruas e bairros. Fi­zemos um ca­minho mu­ni­cipal e até ao fim do man­dato con­tamos fazer mais dois ou três. Como é evi­dente, não temos pos­si­bi­li­dades de fazer tudo, mas que­remos apostar na ad­mi­nis­tração di­recta, ou seja, sermos nós pró­prios a fazer o tra­balho, pois assim é mais fácil re­solver os pro­blemas das pes­soas. Temos tra­ba­lha­dores e eles devem ser vistos como um con­tri­buto para o de­sen­vol­vi­mento do con­celho.

As ques­tões do de­sen­vol­vi­mento local e re­gi­onal con­ti­nuam a ser de­ter­mi­nantes no pro­jecto da CDU. Já fa­lamos do tu­rismo, mas há ou­tras ma­té­rias...
Beja tem fu­turo e quando digo isto abarco muita coisa. Os campos nin­guém os levou, sempre cá es­ti­veram. Não houve foi po­lí­ticas que os apro­vei­tassem. E não me re­firo apenas à Câ­mara, como é evi­dente... Da nossa parte, es­tamos a criar con­di­ções para fixar in­ves­ti­mento. Ace­le­rámos a cri­ação de uma zona in­dus­trial para que aí se ins­talem agro-in­dús­trias.

O pro­jecto de Al­queva – e não nos po­demos es­quecer de quem tanto lutou por ele – pro­duziu uma grande trans­for­mação na re­gião. A che­gada da água aos campos per­mi­tiria que essas in­dús­trias se fi­xassem. Mas para tal seria ne­ces­sária uma po­lí­tica cen­tral que ti­vesse isto em conta, até por uma questão de equi­lí­brio do País entre o li­toral e o in­te­rior...

A margem de acção do mu­ni­cípio tem li­mites...
O País tem que ser so­li­dário. Beja deve ser a única ca­pital de dis­trito que não é ser­vida por uma au­to­es­trada e o com­boio di­recto para Lisboa também acabou. E também temos aqui um ae­ro­porto. Há muitas pos­si­bi­li­dades que não estão apro­vei­tadas. Também nas cha­madas ques­tões so­ciais temos in­ves­tido muito, no­me­a­da­mente na re­a­bi­li­tação e re­qua­li­fi­cação da ha­bi­tação so­cial e nos seus es­paços pú­blicos. E po­demos con­tri­buir para a cri­ação de em­prego e para o au­mento da pro­dução na­ci­onal.




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